02/12/2025

Notícia/Campo Belo

Estudo mostra que inflamação no cérebro pode ser chave do Alzheimer

Foto: Ilustrativa

Um estudo liderado pelo neurocientista Eduardo Zimmer (UFRGS), publicado na Nature Neuroscience, mostrou que o Alzheimer só progride quando duas células de defesa do cérebro, astrócitos e microglias, estão simultaneamente ativadas, indicando um estado de inflamação cerebral. O acúmulo de proteínas beta-amiloide e tau só desencadeia a reação dos astrócitos quando a microglia também está ativa. Pela primeira vez, essa interação foi observada em pacientes vivos graças a exames e biomarcadores avançados.

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Os pesquisadores concluíram que a ativação conjunta dessas células explica até 76% da variação na cognição dos pacientes. Apesar de ainda não se saber com precisão o que desencadeia a formação das placas beta-amiloides, fatores de risco como tabagismo, álcool, sedentarismo e obesidade influenciam, enquanto hábitos saudáveis ajudam a prevenir a doença.

A descoberta sugere uma nova abordagem terapêutica: além de remover as placas, os tratamentos futuros podem precisar interromper a comunicação entre astrócitos e microglias para reduzir a inflamação cerebral.

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