Notícia/Campo Belo
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A Operação Contenção, realizada na terça-feira (28) pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, deixou 119 mortos,115 civis e quatro policiais. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (29) pelo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
Segundo as autoridades, as mortes ocorreram após resistência armada dos suspeitos. Foram efetuadas 113 prisões, sendo 33 de pessoas de outros estados, e dez adolescentes foram encaminhados a unidades socioeducativas.
Curi afirmou que a ação foi legítima e negou que tenha sido uma chacina. “A polícia não entra atirando, entra recebendo tiro”, disse. Ele destacou que o objetivo era conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 de prisão, 30 deles expedidos pelo Pará.
A operação mobilizou 2,5 mil policiais, sendo a maior em 15 anos no estado. Foram apreendidas 118 armas, entre elas 91 fuzis, além de grande quantidade de drogas.
O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, declarou que as únicas vítimas foram quatro policiais mortos e quatro civis feridos sem gravidade. Ele disse que os demais mortos eram criminosos que não se renderam.
A ação, considerada a mais letal da história do Rio, foi criticada por moradores, organizações e especialistas, que relataram pânico, tiroteios e fechamento de escolas e comércios.
Moradores da Penha retiraram dezenas de corpos da mata e levaram a uma praça da comunidade. Questionado, o secretário afirmou que as polícias não tinham conhecimento desses corpos e que “muitos feridos entraram na mata tentando escapar”.
As autoridades informaram que as câmeras corporais podem ter ficado sem bateria devido à longa duração da operação, o que pode ter impedido o registro completo das ações.
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