A partir desta quarta-feira, 9 de julho, a Terra passará a girar ligeiramente mais rápido, de acordo com dados do IERS (Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra) e do Observatório Naval dos Estados Unidos. As projeções indicam que, nas próximas semanas, os dias poderão ser até meio milissegundo mais curtos do que o habitual.
Normalmente, o planeta completa uma rotação em torno do seu eixo – o equivalente a um dia – em 86.400 segundos. No entanto, esse tempo pode variar ligeiramente por conta de diversos fatores naturais que influenciam a rotação terrestre.
Essas variações são monitoradas com precisão por meio de relógios atômicos, utilizados por cientistas desde a década de 1950. Segundo o site Time and Date, até 2020, o menor tempo registrado de rotação da Terra foi 1,05 milissegundo mais curto que o padrão. Desde então, essa diferença vem aumentando.
O recorde de dia mais curto até hoje ocorreu em 5 de julho de 2024, quando a rotação da Terra foi concluída 1,66 milissegundo mais rápido que o normal. Em 2025, os dias 9 e 22 de julho e 5 de agosto devem apresentar uma rotação semelhante ou até mais acelerada, segundo previsões.
Entre os fatores que influenciam essa variação estão a posição da Lua em relação à Terra — o planeta tende a girar mais rápido quando o satélite natural se encontra mais ao norte ou ao sul da Linha do Equador. Coincidentemente, nas datas previstas para os dias mais curtos deste ano, a Lua estará em sua maior distância desses pontos.
Além disso, movimentos internos do núcleo terrestre, deslocamentos dos oceanos e variações na atmosfera também contribuem para essas pequenas alterações no ritmo da rotação do planeta.