A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Belo, cumpriu dois mandados de prisão contra homens investigados por crimes sexuais cometidos contra crianças no âmbito intrafamiliar.
No primeiro caso, um homem de 49 anos, investigado por abusos sexuais contra a própria filha e uma enteada, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele estava foragido desde a última sexta-feira e se apresentou na DEAM na tarde de segunda-feira, onde foi preso em cumprimento ao mandado judicial. O suspeito compareceu espontaneamente à unidade policial acompanhado do advogado, sendo informado sobre seus direitos e encaminhado para as demais providências legais.
As investigações indicam que os abusos teriam ocorrido de forma reiterada, ao longo de anos, com o investigado se aproveitando da condição de pai e padrasto. O inquérito reúne depoimentos das vítimas, familiares e testemunhas, laudos e relatórios técnicos, das de depoimento especial realizado conforme a Lei nº 13.431/2017, que estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência.
No segundo caso, um homem de 34 anos foi preso temporariamente, também em Campo Belo, investigado por estupro de vulnerável contra uma sobrinha, à época criança. O mandado foi cumprido em via pública, nas proximidades de um estabelecimento comercial. O suspeito foi conduzido à DEAM, informado de seus direitos e submetido aos procedimentos de praxe.
Conforme apurado, os abusos teriam ocorrido quando o investigado frequentava a residência da família e ficava sozinho com a vítima, aproveitando-se do vínculo de confiança e utilizando ameaças veladas para garantir o silêncio da criança. O relato aponta impactos psicológicos ao longo dos anos, o que motivou a formalização da denúncia já na adolescência.
A Polícia Civil reforça que denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser feitas de forma sigilosa pelo Ligue 180, Disque 100, presencialmente nas unidades policiais ou pelos canais oficiais. A instituição destaca que a proteção das vítimas e a responsabilização dos agressores são prioridades.