Na ultima terça-feira, dia 07 de maio, durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, foi aprovado o projeto de lei que propõe a reintrodução do seguro obrigatório para proprietários de veículos a partir de 2025. Este seguro, anteriormente conhecido como DPVAT (Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres), será renomeado como Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT).
Uma das principais mudanças é a transferência da gestão do seguro para a Caixa Econômica Federal (CEF), visando uma melhor administração do processo. Além disso, o escopo do SPVAT foi ampliado para abranger uma gama mais ampla de despesas, incluindo assistência médica e suplementar, serviços funerários e despesas relacionadas à reabilitação profissional de vítimas parcialmente inválidas. O projeto também permite que pedidos de indenização e assinaturas de documentos sejam realizados por meios eletrônicos.
O texto estabelece que os cônjuges e herdeiros das vítimas têm direito a indenização por morte e reembolso de despesas funerárias, enquanto as vítimas recebem cobertura para invalidez permanente e reembolso de despesas médicas e de reabilitação.
Uma mudança significativa proposta pelo projeto é a eliminação da distinção entre motocicletas e carros no cálculo do valor do seguro. Estima-se que o novo seguro custará entre R$ 50 e R$ 60 por ano, conforme projeções do Ministério da Fazenda, representando uma redução significativa em comparação com os valores anteriormente cobrados pelo DPVAT. Antes, os valores podiam ultrapassar R$ 100 para carros e R$ 200 para motocicletas, sob a gestão do grupo Líder.
Os estados terão a opção de facilitar o pagamento do seguro, permitindo que seja feito junto com o licenciamento anual ou o IPVA, com o objetivo de tornar o processo mais acessível aos motoristas e garantir o pagamento do SPVAT.
De acordo com o projeto, 40% dos recursos arrecadados pelo SPVAT serão destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A proposta foi aprovada com 15 votos a favor e 11 votos contra na CCJ do Senado e agora seguirá para votação no plenário.